Com vocês descobrimos que os problemas têm soluções.
Eis tudo o que vocês sugeriram durante a nossa conversa entre vizinhos:
As crianças da Misericórdia brincam na rua?
Não. Perdeu-se o hábito. Se queres brincar, sais de casa e o que é que vês? Passeios minúsculos com carros a ocuparem a maior parte da rua. Os pais não deixam as crianças brincarem sozinhas porque sabem que os condutores não respeitam a velocidade e não deixam passar nem na passadeira, há sempre o risco de as crianças serem atropeladas.
Então onde se brinca?
Nos pequenos recintos. Tens que caminhar até lá. Os equipamentos são poucos, não prestam. Brincas no meio de sujidade: cocó de cão e lixo no chão.
O nosso bairro é amigo das crianças?
Não. Esquecemo-nos das crianças. É anti-criança. Não temos parques e equipamentos para as crianças brincarem. Antes as ruas eram onde as crianças brincavam, hoje isto é impossível, o espaço é para estacionar o carro.
O que está em risco?
Não estamos a desenvolver a motricidade (a capacidade de executar movimentos de precisão e controlar o corpo) das crianças: para desenvolver isso as crianças precisam de espaço livre.
As crianças não têm onde se juntar e fazer amigos com os vizinhos em tempo livre.
Como podemos solucionar o problema?
Temos ruas sujas de cocó de cão
Temos trânsito insuportável
Os nossos passeios são pequenos, desnivelados, com buracos, escorregadios, há sempre muitas pessoas nas portas dos bares e restaurantes
As trotinetes nos passeios
Os carros poluem o nosso ar, vivemos com cheiro desagradável, respiramos fumo
Cheiro a cigarros, beatas no chão
Ruído dos bares nocturnos
Pessoas idosas não conseguem sair de casa, têm medo de atravessar as ruas
Carros que entram em Lisboa e passam pelo bairro são tráfego de passagem
Bicicletas Gira
Bicicletas
Trotinetes
Horários aleatórios dos transportes públicos, nunca sabes quando vêm