Petição 30 km/h
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Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República; Exmo. Senhor Primeiro Ministro; Exmos./as Senhores/as Deputados e Deputadas

O que nos define como sociedade evoluída é o modo como tratamos os mais vulneráveis: as crianças, as pessoas mais velhas e as que têm mobilidade reduzida. O espaço público é o espelho das nossas escolhas: se os mais vulneráveis entre nós podem mover-se com liberdade, independência e segurança, todos teremos os mesmos direitos. Mas as nossas cidades têm sido desenhadas para dar prioridade ao automóvel, com vias que convidam ao excesso de velocidade, que não é fiscalizado, criando graves situações de insegurança para todos. Portugal tem dos piores indicadores de segurança rodoviária dentro das localidades da União Europeia [1]. Temos que mudar esta situação.

Em 2019, morreram em Portugal, por atropelamento, 134 pessoas a pé e 26 em bicicleta, a maioria dentro de localidades [2]. Um peão atropelado a 50 km/h só tem cerca de 20% de probabilidade de sobreviver, enquanto a 30 km/h tem cerca de 90% de probabilidade de sobreviver [3].

Em 2017, os Ministros de Transportes da União Europeia assinaram a Declaração de Valeta, que inclui o objetivo de reduzir a zero o número de mortes nas estradas europeias. Como consequência a Comissão Europeia e o próprio Estado Português adotaram a "Visão Zero": todas as mortes na estrada são eticamente inaceitáveis. A promoção da segurança rodoviária só é eficaz quando assenta num pressuposto básico da ”Visão Zero": errar é humano. Temos, por isso, de garantir que os erros que inevitavelmente serão cometidos, não sejam erros mortais. O primeiro passo é reduzir a velocidade.

Em 2020, Portugal assinou a Declaração de Estocolmo. Nela se estabeleceu claramente que os Estados signatários deverão priorizar a gestão da velocidade como uma intervenção chave de segurança rodoviária, em particular para “fortalecer a aplicação da lei, para prevenir o excesso de velocidade e determinar uma velocidade máxima de 30 km/h conforme apropriado nas áreas onde utilizadores vulneráveis e veículos se misturam … ”. A Declaração de Estocolmo ressalta ainda que os esforços para reduzir a velocidade têm um impacto benéfico na qualidade do ar e nas alterações climáticas - não haverá mobilidade sustentável sem segurança, nem segurança sem mobilidade sustentável.

Em maio de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) patrocinou a 6ª Semana Global de Segurança no Trânsito da ONU, a destacar os benefícios de ruas de baixa velocidade em áreas urbanas e apelando aos países a limitar as velocidades a 30 km/h nas ruas partilhadas entre peões, utilizadores/as de bicicleta e o tráfego motorizado. A OMS, baseada em inúmeros estudos epidemiológicos, é muito clara: o risco de morte e ferimentos reduz consideravelmente quando as velocidades praticadas são abaixo dos 30 km/h.

O Parlamento Europeu, em outubro de 2021, aprovou - com 90% de votos a favor - a recomendação da adoção de uma velocidade máxima de 30 km/h "em zonas residenciais e com um elevado número de peões e utilizadores de bicicleta", argumentando que o excesso de velocidade é um fator determinante em cerca de 30% dos sinistros rodoviários mortais.

Também queremos zero mortes nas ruas e estradas de Portugal. Vimos, assim, apelar à Assembleia da República e ao Governo que Portugal cumpra a Declaração de Estocolmo, as recomendações da OMS e do Parlamento Europeu e altere o limite máximo de velocidade de 50 km/h para 30 km/h em áreas urbanas, onde o tráfego motorizado interage com peões e utilizadores/as de bicicleta (definido no Código da Estrada como “dentro das localidades” com a excepção de “vias reservadas a automóveis e motociclos”).

[1] Organização Mundial de Saúde
[2] Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
[3] European Conference of Ministers of Transport
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Acordei numa cama de hospital. Havia um palmo da minha testa afundado, sem osso.
Tinham-mo extraído. Para me salvar de uma morte certa. Acordei desorientado e entorpecido, entre alucinações. Por vezes, dava por mim amarrado à cama.
Foi o tratamento possível para aquele traumatismo cranioencefálico que sofrera.

Tinha passado um mês imobilizado, em estado coma.

Ler a história do Nuno Costa
Quem já quer Portugal seguro?
O que vocês dizem:
Marta Alves
Descobri a página de twitter desta plataforma por acaso, pois estava interessada em conhecer iniciativas sobre mobilidade. Quando li pela pela primeira vez sobre a redução para 30 km, achei que não era significante, não sendo expressiva essa mudança. Mas depois ao aprofundar o assunto e testar eu própria, entendi que existe uma grande diferença entre ir a 50 km e a 30 km! A nível de segurança é uma diferença muito grande, para quem circula em bicicleta ou a pé. Vivo num local (Charneca e Caparica-Almada) , onde a velocidade dos veículos é preocupante (acidentes que envolvem choque contra muros de habitação, com a sinalização rodoviária visível!) , com falta de passeios seguros e inexistência de ciclovias ao longo da freguesia. Portugal tem uma larga sinistralidade dentro de localidades com perdas de vida bastante altas, sendo na minha opinião, parcas as mudanças para melhoria da segurança rodoviária e mobilidade em comparação com outros países europeus. Acredito que esta petição deveria ser alargada a todo o território nacional.
Rika Ikehara
Como mãe de cinco filhos, quero que a cidade de Lisboa seja um sítio mais seguro.
António José Santos Menino
Quando o sector automóvel vende publicitando velocidade e potência, depois fica complicado mudar mentalidades.
Ricardo André Ferreira Rodrigues
Esta é daquelas medidas que uma vez implementada vais ser tão consensual que as pessoas vão ter vergonha de não a terem apoiado desde o início. Obrigado pelos vossos esforços Lisboapossivel.
José Gonçalo de Barros Dias
Totalmente de acordo, passa também por adecuar a via. Nunca iremos ter resultados práticos se não criarmos vias que façam os condutores abrandar. Vias mais estreitas, árvores nas beiras das estradas. Sem isso vai ser dificil um sinal abrandar os condutores, mas é este o caminho para tornar as cidades mais seguras e cómodas!
Ana Paula dos Santos Luis Natscheradetz
Muitas cidades da Europa já adoptaram a obrigatoriedade da regra de 30km/h nos bairros residenciais atravessados por vias rodoviárias de grande intensidade de tráfego e ruído, como é o caso de Bruxelas onde vivi cerca de 30 anos. Houve oposição e estranheza iniciais, mas tal resultou de facto numa diminuição dos acidentes graves, da poluição e do ruído. Contudo, é fundamental instalar radares a funcionar a 100% e aplicar coimas elevadas. Lisboa deve começar a ser uma cidade europeia em vez de vivermos cada vez mais nesta periferia caótica que envergonha os lisboetas civilizados e conscenciosos e faz nascer sorrisos -desdenhosos- nos turistas.
Xavier de Sousa
Deem as ruas as pessoas novamente porra!
Maria Inês Vieira Rodrigues
Vivo no Porto e estou saturada de viver num país em que o espaço público é absolutamente centrado nos carros.
Pedro Alexandre Marques Antunes
30km/h e com radares.
menos impunidade para acidentes causados por motoristas.
estacionamento de veículos motorizados de 4 rodas sempre de marcha atrás.
mais verdadeiras pistas cicláveis .
substituir calçada dos passeios por revestimento mais liso, menos escorregadio, mais duradouro de maneira a tornar a cidade mais caminhável.
Ana Isabel Lopes Magalhães Coutinho Ribeiro
Urgente, principalmente em bairros residenciais, onde TVDE’s, taxistas, estafetas de entregas, carrinhas de entregas e condutores singulares aceleram pelos bairros aproveitando menos Semaforos para atalhar caminho das principais artérias. Exemplo: o bairro dos aviadores, em Lisboa, é usado para quem quer fugir ao trânsito da av de Roma e João XXI, para chegar mais rápido ao campo pequeno. Já apanhei vários sustos com os meus filhos e já testemunhei vários “quase-acidentes” porque não há lombas, não se respeitam os limites e mesmo com pouca visibilidade, há condutores que abusam muito.
Diego Oliveira
Sou ciclista, quero uma Lisboa cada vez mais amiga dos peões e ciclistas. Sei que é possível!
Leticia Vieira Moniz Barreto de Aragão Dáquer
Comecemos reduzindo a velocidade dos carros, mas tenhamos sempre em mente que é necessário fazer o possível para fechar gradualmente as ruas aos carros. A cidade pertence às pessoas, e não aos veículos
Jadiel Wylliam Tiago
Prioridade às pessoas, os carros que se enfiem nos parkings.
Taibat Vanroth
Mobilidade doce é o futuro!
Sónia Carvalho
Todos somos responsáveis pelas nossas cidades e está na altura de retirarmos protagonismo ao automóvel.
David Larisch Frazer
Já ando meio coxo de se me ter partido o fémur aos 13 anos num acidente rodoviário, gostava de não ter mais um entrave às deslocações do dia-a-dia sob a forma de cometas do asfalto.
Joao Sanahuja
30km e fechar muitas ruas pequenas no centro de lisboa para um ambiente seguro, harmonioso e limpo entre peões e velocípedes
Carlos Duarte
Não podemos continuar a ter cidades em que o rei é o automóvel
Carlos Manuel da Silva André Viana
Um país dominado pelo lobby automóvel. Colocar interesses à frente da segurança das pessoas demonstra como somos atrasadinhos
Hugo Mendes
Reduzir toda a cidade a 30km/h. Não importa o meio mas sim quem o conduz.
Jorge Salgado
Eu sei que é escolha de cada um viver cá. Mas é insuportável o que acontece em Lisboa. Do trânsito ridículo à desobediência dos condutores!!
João Luís SIlva
Slow down. A vida é muito curta! Não é preciso correr para chegar mais depressa ao fim.
Carolina Covelos
Chega de criminalidade na estrada. Chega de carros ! As ruas são para as pessoas
Tânia Gomes
Qualquer vida merece ser protegida, e se "desacelerar" é uma forma de dar mais segurança e poder salvar alguém, então está é a escolha certa! Podemos ir mais devagar mas sem vidas a lamentar!
Carlos
Não me atropelem, se faz favor.
Ivan Aléxis Anastácio Ramalhadeiro
Tenho a avenida das Forças Armadas à porta da minha casa onde o limite é 50 km/h, mas como não há radar não há um carro a cumprir esse limite. É uma avenida com passadeiras para peões e onde ocorrem mais de 5 acidentes de viação por ano.
Mathilde Gallien Fernandes
Por favor deixam os lisboetas respirar e caminhar seguros na rua 🤍
Emanuel Flávio Freitas Rodrigues
Os ciclistas merecem respeito
João Carrega Vieira Ramalho
Já chega do uso abusivo do espaço público pelos carros.
Ricardo André Ferreira Rodrigues
É o primeiro passo para uma vida melhor para todos nas cidades.
Antoine Fîot
Que Pena que Portugal é o único país de Europa de Oeste que ainda acredita que 50km/h e uma velocidade sustentável nas cidades.
Nuno Nunes
Como diz o texto da petição: "um peão atropelado a 50 km/h só tem cerca de 20% de probabilidade de sobreviver, enquanto a 30 km/h tem cerca de 90%". Esta petição prioritiza a vida sobre a viatura.

João Lourenço Cardoso Faria
Obrigado por tentarem valorizar a vida o futuro
Carlos
Não me atropelem, se faz favor.
António Pedro Martins Magalhães
A taxa de sobrevivência passa de 20% para 90%, que outro motivo é preciso?
Outubro 2021
Lançamento da petição 30km/h
Em outubro 2021 pensámos: como é possível que ainda não existe esta petição? Assim que em cooperação com vários ativistas nacionais escrevemos o texto e começámos a recolher assinaturas.
21 Novembro 2021
Manifestação em frente à Assembleia da República

Fomos mais de 30 pessoas que apesar da chuva se encontraram em frente à Assembleia da República (atualização trágica 27 de abril 2022: a jornalista do Correio da Manhã que nos fez a entrevista - Marta Louro - morreu atropelada)


Fizemos esta vigília em nome da última vítima mortal em Portugal - Frederico Bragança - e homenageamos todas as vítimas do mundo, já que foi o Dia Mundial em Memória das Vítimas nas Estradas.


Lançamos a petição para pedir que a Assembleia da República mude a lei e estabeleça 30km/h como a velocidade máxima em todas as zonas urbanas do país.

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