Olá, Lisboetas Possíveis.
Este ano vocês foram maravilhosos. Ajudaram-nos a abrir ruas e travessas aos peões e ciclistas. Enfeitaram Lisboa com o grafíti do menino que põe o cravo no tubo de escape. Aumentaram o verde do semáforo em várias passadeiras. Participaram nos nossos vídeos e meetups e trouxeram novas assinaturas às petições.
Já que está demonstrado que vocês são as pessoas mais optimistas desta cidade, gostava de partilhar com vocês oito propostas para o ano 2024.
1.Entregar uma petição por mês. Precisamos de apenas 150 assinaturas para obrigar os deputados a investir horas no estudo das nossas propostas. Em vez de tentar impressionar os eleitos com o número de assinantes que supera 1000 ou mais, como fizemos até agora – podemos experimentar a tática de sermos infalivelmente frequentes com a nossa presença na assembleia, mesmo se o número de assinantes é só aquele tecnicamente necessário.
2.Abrir ruas a nós próprios em cada freguesia. Já que temos 24 freguesias, isto dava duas ruas abertas por mês. Quem o faria? Vejam ponto três.
3.Juntar ativistas por freguesia. Temos recebido muitas mensagens vossas a dizer que querem fazer uma ação na vossa freguesia, mas não conhecem ninguém que more perto. Podíamos organizar um matching de ativistas para ter pequenos núcleos em cada bairro para podermos fazer ações locais e pressionar as juntas. Como? Vejam ponto quatro.
4.Participar nas assembleias das juntas. As juntas têm assembleias várias vezes por ano, mas a comunicação é tão deslumbradamente chata, que ninguém quer saber ou participar. Nós podemos fazer um calendário de todos os encontros nas juntas e levar a festa de boas propostas para onde formos. Está nas nossas mãos mudar o rumo da democracia lisboeta com a nossa decisão de participar na tomada das decisões locais. Com piada.
5.Festejar recolhas de assinaturas. Seria assim: marcamos um encontro na rua, passamos uma hora e meia a recolher assinaturas para uma das petições, e depois festejamos nalgum local amigo com petiscos.
6.“As cadeiras de rodas não são bem-vindas nesta rua!”. Temos um cartaz que diz isso. Falta imprimir no formato parecido a um sinal verdadeiro e distribuir pela cidade. Para convidar as pessoas a pensar na pedonalização e nos passeios dignos.
7.Criar um fundo de promoção de bicicleta. Quem fatura com o nosso amor pela mobilidade suave são os produtores de bicicletas, por exemplo as empresas na Bike Valley à volta de Aveiro, e as empresas de construção que fecham contratos públicos para criar ciclovias e infraestruturas urbanas. Todos nós, ativistas, somos indispensáveis para o sucesso financeiro deles. Portanto seria no interesse destas empresas investir no nosso trabalho para juntos multiplicarmos os quilómetros de ciclovias em Portugal, e de consequência as vendas das bicicletas.
8.Pacto de cidadãos sobre o futuro de Lisboa. A nossa saúde não deveria ser algo negociável com os partidos. Caminhar e pedalar deveriam ser a prioridade de todos os políticos. Para isso precisamos de um pacto, de uma pequena constituição, onde estejam escritos os nossos valores, a nossa visão para o futuro de Lisboa. A ideia seria as mais variadas associações da cidade e os partidos assinarem este pacto.
O que acham disso? Podem responder a este email com as vossas propostas e ideias, encaminhar este texto para as vossas amigas igualmente optimistas, ou vir falar connosco em pessoa no dia 5 de janeiro neste evento cheio de plantas.
Desejo-vos o mais possível Ano Novo!
(E se precisarem de um novo outfit, é aqui)
Ksenia
***
Estás a ler esta newsletter porque subscreveste a Lisboa Possível. Ou porque recebeste o reencaminhamento de alguém preocupado com o futuro da nossa cidade. Neste caso podes subscrever aqui. Por detrás de cada ação escondem-se horas e horas de trabalho. Para podermos continuar a contar tudo sem medo da censura, devemos ser independentes, o que só podemos conseguir com a tua ajuda.
Estamos nas redes Cancelar a subscrição De que temas deveríamos falar? Como podemos melhorar? Queremos ouvir as tuas ideias quero@lisboapossível.pt
Este ano vocês foram maravilhosos. Ajudaram-nos a abrir ruas e travessas aos peões e ciclistas. Enfeitaram Lisboa com o grafíti do menino que põe o cravo no tubo de escape. Aumentaram o verde do semáforo em várias passadeiras. Participaram nos nossos vídeos e meetups e trouxeram novas assinaturas às petições.
Já que está demonstrado que vocês são as pessoas mais optimistas desta cidade, gostava de partilhar com vocês oito propostas para o ano 2024.
1.Entregar uma petição por mês. Precisamos de apenas 150 assinaturas para obrigar os deputados a investir horas no estudo das nossas propostas. Em vez de tentar impressionar os eleitos com o número de assinantes que supera 1000 ou mais, como fizemos até agora – podemos experimentar a tática de sermos infalivelmente frequentes com a nossa presença na assembleia, mesmo se o número de assinantes é só aquele tecnicamente necessário.
2.Abrir ruas a nós próprios em cada freguesia. Já que temos 24 freguesias, isto dava duas ruas abertas por mês. Quem o faria? Vejam ponto três.
3.Juntar ativistas por freguesia. Temos recebido muitas mensagens vossas a dizer que querem fazer uma ação na vossa freguesia, mas não conhecem ninguém que more perto. Podíamos organizar um matching de ativistas para ter pequenos núcleos em cada bairro para podermos fazer ações locais e pressionar as juntas. Como? Vejam ponto quatro.
4.Participar nas assembleias das juntas. As juntas têm assembleias várias vezes por ano, mas a comunicação é tão deslumbradamente chata, que ninguém quer saber ou participar. Nós podemos fazer um calendário de todos os encontros nas juntas e levar a festa de boas propostas para onde formos. Está nas nossas mãos mudar o rumo da democracia lisboeta com a nossa decisão de participar na tomada das decisões locais. Com piada.
5.Festejar recolhas de assinaturas. Seria assim: marcamos um encontro na rua, passamos uma hora e meia a recolher assinaturas para uma das petições, e depois festejamos nalgum local amigo com petiscos.
6.“As cadeiras de rodas não são bem-vindas nesta rua!”. Temos um cartaz que diz isso. Falta imprimir no formato parecido a um sinal verdadeiro e distribuir pela cidade. Para convidar as pessoas a pensar na pedonalização e nos passeios dignos.
7.Criar um fundo de promoção de bicicleta. Quem fatura com o nosso amor pela mobilidade suave são os produtores de bicicletas, por exemplo as empresas na Bike Valley à volta de Aveiro, e as empresas de construção que fecham contratos públicos para criar ciclovias e infraestruturas urbanas. Todos nós, ativistas, somos indispensáveis para o sucesso financeiro deles. Portanto seria no interesse destas empresas investir no nosso trabalho para juntos multiplicarmos os quilómetros de ciclovias em Portugal, e de consequência as vendas das bicicletas.
8.Pacto de cidadãos sobre o futuro de Lisboa. A nossa saúde não deveria ser algo negociável com os partidos. Caminhar e pedalar deveriam ser a prioridade de todos os políticos. Para isso precisamos de um pacto, de uma pequena constituição, onde estejam escritos os nossos valores, a nossa visão para o futuro de Lisboa. A ideia seria as mais variadas associações da cidade e os partidos assinarem este pacto.
O que acham disso? Podem responder a este email com as vossas propostas e ideias, encaminhar este texto para as vossas amigas igualmente optimistas, ou vir falar connosco em pessoa no dia 5 de janeiro neste evento cheio de plantas.
Desejo-vos o mais possível Ano Novo!
(E se precisarem de um novo outfit, é aqui)
Ksenia
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